quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Despedaçava-me as palavras, uma a uma
"(...) Ele fugia de mim e voltava a procurar-me. Eu fugia dele e chamava-o. Ele nunca me chamava - fazia-se encontrado comigo. Despedaçava-me as palavras, uma a uma. Eu já só falava para que ele me destruísse, letra a letra, e o seu riso animal me levasse para longe dos homens. Porque ele ria-se como um gato - o gato de Alice, sorriso sem onde. Sorriso de quem nunca foi criança e por isso que não sai desse lugar da infância, que é o lugar da morte, o lugar sem ontem nem amanhã".
(Fazes-me Falta, Inês Pedrosa, p. 151-152)
Em algumas horas este blog muda de endereço:
http://www.vemcaluisa.blogspot.com/
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Sorrir qual gato de Alice é uma arte(e manha).
ResponderExcluirSorriso de quem nunca foi criança e por isso que não sai desse lugar da infância, que é o lugar da morte...
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