segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Carpinejar e as culpas
"(...) Família é boa para gerar traumas, aproveitemos, traumas são as únicas lembranças que não serão esquecidas.
(...) A culpa nos torna atentos, missionários dos cílios. O homem só é romântico com a culpa.
(...) Homem culpado é humilde e amoroso como um chapéu na cadeira, um avental no gancho. O sexo é muito mais intenso e voraz com a culpa. Trepa-se como se fosse a última vez sempre.
(...) Culpa, ó palavra bonita, gostosa de se repetir, dádiva próxima do perdão.
(...) Culpa é voltar para o lugar que nascemos. É se arrepender antes de fazer e continuar fazendo. Uma teimosia que nos leva à perfeição dos erros. Um erro perfeito é virtude.
(...) Sem culpa, não existe literatura, sequer leitor angustiado pelo final da história".
(Crônica: Deixem minha culpa em paz - de: Mulher Perdigueira, Carpinejar, Ed. Bertrand Brasil, p. 183-185)
P.S.: a partir do dia 22 deste mês, quarta-feira, o blog muda de endereço:
http://www.vemcaluisa.blogspot.com/
Vou repetir até todos os leitores lembrarem.
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Boa sorte na nova morada. Lá estarei
ResponderExcluirÉs.culpa e conte.nua a alma... :)
ResponderExcluirLinda visão de culpa. É de fato verdade. Eu, antes nunca tinha visto a culpa por este lado, rs. Ler bons textos, poemas e versos, e não levar um pouco deles em si, é não ser fiel ao autor. Fidelizada estou. Uma ótima semana. Um beijo pra ti, querida.
ResponderExcluirEntão as pessoas intensas não almejam se livrar da culpa... ao contrário!
ResponderExcluirOlá vanessa!
ResponderExcluirEsse texto fará muitos homens sorrirem, livrarem-se das culpas e correrem atrás de mais algumas... rs
Um abraço!