"Na vida, é raro que sejamos realmente capazes de ouvir e quem
encontremos alguém que nos ouça. No entanto, é inusitado encontrar o
fenômeno mais comum - a desatenção - aparecendo na página impressa.
Geralmente, em ficção, um personagem fala e o outro ouve, e, tendo
ouvido e compreendido, responde. Assim, a fidelidade ao modo como a
desatenção opera na realidade é mais um aspecto no diálogo de Henry
Green pode nos impressionar como mais próximo ao que observamos na vida
real que o diálogo que lemos na obra de outros escritores."
(Francine Prose in: Para ler como um escritor. Ed. Zahar, p.155)
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O direito de resposta ainda é livre :D acredito eu! rs
ResponderExcluirnão serão os silêncios [que não as desatenções] a matéria mais eloquente de qualquer diálogo?...
ResponderExcluirMas alguns autores são mestres em mostrar a desatenção, a comunicação truncada, as obsessões incompreendidas. Nelson Rodrigues é um.
ResponderExcluirE se não houvesse desatenção no cotidiano, os psicanalistas perderiam o emprego, rs.