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"... terminei essa noite ler Medo de voar. AMEI AMEI AMEI. E de certo modo tô muito agradecida a mim mesma de não ter lido logo e ter'sumido' o livro porque essa semana que passou foi hard não fosse Erica e você!
Bom, claro que eu acho que é super autobiográfico, mesmo ela negando é impossível não pensar que Isadora e Erica não sejam a mesma. Até mesmo pelo tanto de casamento, o marido chinês e essas coisas todas. Acho que é uma espécie de desabafo, de 'toma-na-cara-mundo', sabe? Na época, provável foi um escândalo. E foi um protesto, um jeito dela dizer ao mundo o monstro que ele (o mundo) criou (ela). Algo assim. O livro é marcado por culpa sem fim e acho que é algo inerente ao 'ser mulher'. Já nascemos culpadas e agora eu entendo de verdade a necessidade da psicanálise. Não é nada fácil se soltar disso sozinha. E este livro apesar de ter sido um tanto feminista, é libertador ainda hoje quando não é mais um tabu. É libertador porque eu conto que provavelmente todas nós sejamos meio (ou completamente) Isadoras. Estou muito curiosa pra saber sobre o terceiro casamento da Isadora. Pensando bem, agora, talvez ela seja uma projeção de Erica. Alguma parte do que ela queria poder fazer ou ter sido e não deu. Não tenho certeza, mudo de idéia a todo e qualquer instante. O livro tá tomado por grifos rosa e se eu pudesse faria um post no Vem cá Luísa* pras pessoas saberem que você não é só um rostinho lindo-loiro-de-olhos-verdes-com-um-cérebro-fantástico! Sim, sinto muito mas você não é. Além de tudo e ainda bem, você tem alguma coisa que não sei o nome. Perspicácia? Hipersensibilidade? Não tenho como classificar, só sei que é egoísta isso, mas sinto algum alívio por ter você por perto..."
Trecho do e-mail (enorme) que enviei à Vanessa ontem, que há alguns meses me deu um presente (Medo de Voar, Erica Jong) e que finalmente eu havia de fato lido. E em desacordo com Caio F. ou talvez com licença poética, digo que não é a vida a tecelã imprevisível. São algumas pessoas que dão pontos em nós e nem desconfiamos, então vezenquando estas costuras são arrematadas bem depois e aí entendemos o porquê de serem especiais. E a vida deixa de ser menos sacana.
Por Patrícia Catizani Alvim
(com todo meu amor)
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*Agradeço pela confiança e por ter me deixado realmente fazer esse post!
esse negócio de culpa é ancestral,
ResponderExcluirbeijo
Tão linda, tão amiga...
ResponderExcluirabraço Vanessa querida!
Uhuuuu ... que coisa boa.
ResponderExcluirTenho procurado este livro e não tenho achado... sabes onde encontro?
ResponderExcluirObrigada.
Confiança... E a vida passa a ser menos sacana. Bjo bjo.
ResponderExcluirPaty,
ResponderExcluirSim, a vida é bem menos sacana com os amigos por perto ;)
Obrigada, obrigada, obrigada.
Beijinhos e carinhos sem fim,
Vane-Flor
Gostei do post!
ResponderExcluir"digo que não é a vida a tecelã imprevisível. São algumas pessoas que dão pontos em nós e nem desconfiamos, então vezenquando estas costuras são arrematadas bem depois e aí entendemos o porquê de serem especiais. E a vida deixa de ser menos sacana."
E amei isso! srrs
Incrível relato, grandioso presente e brilhante amizade!
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