"Mesmo seu carro lhe dava um pouco de felicidade, porque ali ninguém lhe falava, ninguém a olhava. Sim, isso era o principal, ninguém a olhava. A solidão: doce ausência de olhares. (...) Isso a fez crer compreender que os olhos eram fardos insuportáveis, beijos de vampiros; que fora o estilete dos olhares que gravara as rugas no seu rosto."
(Milan Kundera in: A imortalidade. Ed. Nova Fronteira, p. 32)
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segunda-feira, 10 de setembro de 2012
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Mas há olhos convidativos, olhos de colo, olhos de sustentação...
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