"Há coisas que só se diz por telefone: telefone elimina rosto, gesto, movimento: a voz fica absoluta. O que a voz diz, ao telefone, é tudo porque por trás dela não acontece nada como um franzir de sobrancelhas, um riso no canto da boca. E, se acontece, você não vê. O que você não vê praticamente não acontece. Ou acontece tão vagamente que é como se não."
(Caio F. in: A vida gritando nos cantos. Crônica: "Amizade telefônica". Ed. Nova Fronteira, p. 31. O Estado de S. Paulo, 27/5/1986)
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sábado, 1 de setembro de 2012
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Mas há tanto significado no que praticamente não acontece.
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