quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Nenhuma carta embaixo da porta.

"(...) Apoiar um segundo a cabeça no posto do cruzamento com a Paulista. Nenhuma carta embaixo da porta. (...) Insana insônia cheia de poços frios de sono. (...) Bem, de certa forma. São João, Ipiranga. Certo, nunca foi Viena. Mas também nunca a vi tão feia, a cidade. Será Mahler, em Prénom Carmen? (...) Não rio tanto quanto pretendia. Ou gostaria. Precisava?"

(Caio F. in: A vida gritando nos cantos. Crônica: "Diário de bordo". Ed. Nova Fronteira, p. 37. O Estado de S. Paulo, 22/7/1986)

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