quinta-feira, 1 de abril de 2010

O que se escolhe e o que o escolheu


"As frases começam-lhe eufóricas e terminam muitas vezes melancólicas. Como se a meio das explicações se desse conta da inutilidade das palavras repetidas, da impossibilidade de passar assim um qualquer testemunho. A sua maior vaidade é deixar de perceber. Cansou-se de ler as linhas ordenadas do mundo. Cada ser é uma constelação de duelos insolúveis, às vezes a espada lampeja e o olhar clareia. Há em cada poeta uma aventura singular que articula o tempo que a vida escolheu para ele e o lugar que ele escolhe para si na vida".

(A instrução dos amantes, Inês Pedrosa, p. 202)

2 comentários:

  1. O poeta em sua essência (Rimbaud...etc) talvez consiga ultrapassar as fronteiras da realidade que na maioria das vezes nos aprisiona em um cotidiano cartesiano.

    Confesso que vim a conhecer Inês Pedrosa em seu espaço.

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  2. pegando a carona do amigo Juan, confesso que também vim conhecer essa Inês aqui :)


    estou encantada com os escritos que você posta aqui.

    cada um mais belo que o outro.

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