quarta-feira, 7 de abril de 2010

Crítica nova - Jacques-Alain Miller


Escrevi nova crítica de livro, lá no Amálgama:

http://www.amalgama.blog.br/04/2010/compreender-bem-demais-provoca-desespero/

É sobre o último livro do genro do Lacan, Jacques-Alain Miller. Leiam e comentem por lá - aqueles que o fizerem ;)

5 comentários:

  1. Obrigada pela visita, te espero mais vezes no meu blog.
    To seguindo-te.

    E to indo com certeza, comentar o texto.

    Beeejos!

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  2. Menina... to encantada.
    Com certeza vou ler também, tentando naõ me desesperar...

    "O sinthoma é o singular do indivíduo. Ele não desaparece, nem quando é interpretado."

    E cabe a nós psicanalistas, "mantê-lo" para que se aprenda a conviver com ele.

    Muito bom seu texto Vanessa. Gostei muito.

    beeejos!

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  3. Alice eu está treinando. Pois bem, vambora citar:

    Umberto Eco - Lamentamos comunicar-lhe que seu livro...

    JOYCE

    FINNEGANS WAKE


    Por favor, recomende à redação que tenha mais cuidado quando me envia os livros. Leio inglês e me mandam um livro escrito em sei lá que diabo de idioma. Em separado, estou devolvendo o volume.

    ___

    Talvez você já tenha lido "Gerações mutantes" do Forbes, está dentro do livro "Você quer o que deseja?".
    Trago essas referências porque Finnegans, Rave e 'Sinthomas', não estão assim muito distantes.

    Nas festas raves temos aquele "bate estaca" sem letras, com começo mas sem fim. É aquele baticudum que se repete e repete e repete. Como não se tem letra, refrão e tudo que nos faria amanhecer cantarolando, não temos o que interpretar. Sendo assim, o que acontece musicalmente nas raves não é para ser compreendido e como diria Lispector; é questão de tocar ou não tocar.

    O texto que pertence a Umberto e aqui trouxe apenas um trecho, nele o autor brinca de ser editor e usa de sua inteligência e ironia para criticar algumas obras. Afinal, que língua é essa que James usa que não é inglês e diabo de nenhuma outra? Definitivamente não é algo que se compreenda, diz o editor. Não é o caso de esquartejar o livro recortando trechos e interpretando os mesmos, pois Finnegans assim como as músicas das raves, inaugura uma nova forma. Forma essa que não tem a ver com compreensão, pois não nos encaminha para um "sentido comum", antes para a falta desse sentido. "Tá ligado?", diz os jovens e Forbes repete em "Gerações mutantes".
    ___

    Luigi Pirandello escreve:

    Eu e você usamos a mesma língua, as mesmas palavras. Mas que culpa temos nós de que as palavras, em si, sejam vazias? Vazias, sim. Ao dizê-las a mim, você preenche-as com o seu sentido e valor; e eu, ao recebê-las, inevitavelmente preencho-as com o meu sentido e valor. Pensamos que nos entendemos; de fato, não nos entendemos.

    ___

    Esse último trecho além de revelar aquele impossível da relação e toda falta de simetria, abre caminho para o singular em nós, para a identificação ao sinthoma.
    Fala também sobre o 'mal entendido'. Quem se crê entendido demais, que entendeu demais, encerra qualquer espaço para o 'mal entendido' e tudo que interessa à Psicanálise.
    Adiciono outra citação, Forbes:
    "Se alguém quer ser bem compreendido, abandone a psicanálise já. A psicanálise é o reino do mal-entendido e não do bem-entendido. Jamais superaremos o mal-entendido"

    O desespero de quem procura compreender demais, me parece ser fruto da não aceitação desse não todo do saber. Ou ainda a:

    "... tendência a dar um significado à nossa existência. A realidade profunda das coisas é muito mais violenta, muito mais cruel, no sentido trágico do termo, do que a que nos é revelada." Pirandello.

    De qualquer forma, bem podemos ser peixinhos que se debatem na Ilha de Lost, os telespectadores gritam:

    - Não entendi, explica mais, explica mais...

    rsrs

    abraços.

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  4. Gostei do seu texto, de verdade.
    Ótimas palavras. Parabéns (:

    Beijo

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  5. Como já havia lhe falado uma vez...vou ter que esperar um pouco antes de poder comentar algo em relação a Lacan em seus textos. (Confesso que ainda estou "preso" em sua tese...rsr!).

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