quinta-feira, 31 de maio de 2012
do acreditar
quarta-feira, 30 de maio de 2012
do trabalho - Proust
"Não há nada mais agradável do que passar trabalho por uma pessoa que valha a pena."
(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 3 - O caminho de Guermantes.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 222)
(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 3 - O caminho de Guermantes.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 222)
terça-feira, 29 de maio de 2012
do sintoma
a história é uma coisa repentina - Philip Roth
A história de Adèle H. |
(Philip Roth in: Pastoral Americana. Ed. Planeta DeAgostini, p. 105)
não mais que - Proust
"Mas agora que me havia tocado o seu lugar, eu, muito tímido para procurar esse contato, muito emocionado para poder saboreá-lo, não senti mais que o rápido e doloroso palpitar de meu coração."
(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 2 - À sombra das raparigas em flor.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 582)
(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 2 - À sombra das raparigas em flor.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 582)
segunda-feira, 28 de maio de 2012
da inutilidade
"Falar no passado - isso deve ser belo, porque é inútil e faz tanta pena...".
(Fernando Pessoa in: O marinheiro)
(Fernando Pessoa in: O marinheiro)
altivo e vazio - M. Kundera
"Ela tinha um rosto bonito e vazio. Bonito o bastante para atrair os homens e vazio o bastante para que neles se perdessem todas as suas súplicas. Em outras palavras, esse rosto era altivo e Jabub sabia: altivo, não pela sua beleza, mas pelo seu vazio."
(Milan Kundera in: A valsa dos adeuses. P. 133, Ed. Nova Fronteira)
(Milan Kundera in: A valsa dos adeuses. P. 133, Ed. Nova Fronteira)
domingo, 27 de maio de 2012
não tardei em descobrir que as paixões nos causam com frequência amargos dissabores - Freud
"Quando
mais tarde iniciei minha vida de estudante, se desenvolveu em mim uma
paixão por possuir livros (...). Cheguei a ser um rato de biblioteca
(...). Naturalmente, não tardei em descobrir que as paixões nos causam
com frequência amargos dissabores. Aos dezessete anos, tinha na livraria
uma conta altíssima, e não dispunha de meios para saldá-la..."
(Freud apud Mezan, 1985, p. 93)
Você já esteve feliz?
"Estou feliz. Simplesmente não consigo acreditar nisso. Estou feliz. Nunca estive feliz na minha vida, exceto durante a infância. Agora estou feliz. É uma experiência, um sentimento extraordinário. Você já esteve feliz?
- Não sei. Talvez sim. É triste, mas realmente não consigo lembrar - suspirei. - Parece tão pouco importante..."
(Josephine Hart in: Perdas e danos. Ed. BestBolso, p. 159)
- Não sei. Talvez sim. É triste, mas realmente não consigo lembrar - suspirei. - Parece tão pouco importante..."
(Josephine Hart in: Perdas e danos. Ed. BestBolso, p. 159)
sábado, 26 de maio de 2012
sem barulho
cores vivas da memória
"Continuam vivos à luz dourada daqueles domingos, com as cores vivas que a memória empresta àqueles que enriquecem nossas vidas com lágrimas ou riso - sem nem ao menos perceberem que o faziam."
(Lawrence Durrel in: O quarteto de Alexandria - Balthazar. Ed. Ediouro: 2006, p. 110)
(Lawrence Durrel in: O quarteto de Alexandria - Balthazar. Ed. Ediouro: 2006, p. 110)
sexta-feira, 25 de maio de 2012
da arte
quinta-feira, 24 de maio de 2012
do tempo
Le notti bianche |
(Lawrence Durrel in: O quarteto de Alexandria - Clea. Ed. Ediouro: 2006, p. 114)
quarta-feira, 23 de maio de 2012
a pintura ganhou suas cores de acordo com as necessidades
"Agora percebia que minha Justine havia sido realmente a criação de um ilusionista, sustentada por uma estrutura defeituosa composta de palavras, ações e gestos mal interpretados. Ninguém era culpado; o verdadeiro responsável era meu amor, que inventara uma imagem da qual se alimentar. Também não era uma questão de desonestidade, pois a pintura ganhou suas cores de acordo com as necessidades desse amor."
(Lawrence Durrel in: O quarteto de Alexandria - Justine. Ed. Ediouro: 2006, p. 46)
(Lawrence Durrel in: O quarteto de Alexandria - Justine. Ed. Ediouro: 2006, p. 46)
da idade
terça-feira, 22 de maio de 2012
deve ter havido, a cota
"Ninguém passa pela vida isento de amargura, desgostos, confusão e perda. Mesmo aqueles que tiveram tudo de melhor quando crianças, mais cedo ou mais tarde recebem sua cota regular de sofrimento, quando não recebem até mais do que isso. Deve ter havido consciência e deve ter havido decepção."
(Philip Roth in: Pastoral Americana. Ed. Planeta DeAgostini, p. 31)
(Philip Roth in: Pastoral Americana. Ed. Planeta DeAgostini, p. 31)
Queria que pensasse assim
As horas |
(Harold Brodkey in: Quatro histórias ao modo quase clássico. Ed. Imago, p. 150)
da saudade
segunda-feira, 21 de maio de 2012
do crescer
TV
“A televisão é como as torradeiras: carrega-se no botão e sai sempre a mesma coisa.”
(Alfred Hitchcock)
domingo, 20 de maio de 2012
tudo - Inês Pedrosa
Ilya Bolotowsky |
(A eternidade e o desejo, Inês Pedrosa, p. 13)
sábado, 19 de maio de 2012
sem grandiosidade
“O ruído do papel úmido no vidro era reconfortante, aquilo era da ordem das coisas práticas, das coisas úteis, honestas e sem nenhuma grandiosidade”.
(Azul-corvo, Adriana Lisboa, Ed. Rocco, p. 61)
(Azul-corvo, Adriana Lisboa, Ed. Rocco, p. 61)
sexta-feira, 18 de maio de 2012
paradoxos do amor
"Ali estava outro paradoxo do amor; a mesma coisa que nos aproxima ainda mais (...) separaria-nos para sempre se conseguíssemos dominar as virtudes que representava - ao menos aquelas partes de nós que se nutriam com as imagens construídas acerca do outro".
(Lawrence Durrel in: O quarteto de Alexandria - Justine. Ed. Ediouro: 2006, p. 148)
(Lawrence Durrel in: O quarteto de Alexandria - Justine. Ed. Ediouro: 2006, p. 148)
apenas perfume, contorno
"Não há explicações para o desaparecimento do desejo, última e única lição do mais extraordinário amor. Mas quando o amor nasce protegido da erosão do corpo, apenas perfume, contorno, coreografado em redor do arco-íris dessa animada esperança a que chamamos alma – porque se esfuma? Como é que, de um dia para o outro, a tua voz deixou de me procurar, e eu deixei que a minha vida dispensasse o espelho da tua?"
(Fazes-me falta, Inês Pedrosa)
(Fazes-me falta, Inês Pedrosa)
quinta-feira, 17 de maio de 2012
da ternura inexperiente - Caio F.
"A ternura inexperiente não conseguia expressar-se em palavras ou gestos. Mas seu olhar estava repleto de doçura, suas mãos pesadas de amizade, sua garganta quase estalava com as palavras avolumadas e presas, sem encontrar a saída".
(Caio F. in: Limite Branco. Ed. Siciliano, p. 104)
(Caio F. in: Limite Branco. Ed. Siciliano, p. 104)
um lema
“É só ficar suficientemente desesperado e tudo acaba dando certo”, é o lema de Henry Miller. Eu estou ficando a cada dia mais desesperada”.
(Memória Inventada, Erica Jong, p. 103)
(Memória Inventada, Erica Jong, p. 103)
quarta-feira, 16 de maio de 2012
do escrever - Raimundo Carrero
da marca
"- E isso a transforma numa pessoa perigosa?
- Todas as pessoas marcadas são perigosas. A sobrevivência faz com que se tornem perigosas.
- Por quê?
- Porque não têm piedade. Sabem que outros podem sobreviver, da mesma forma que elas.
- Mas você me avisou.
- Sim.
- E isso não foi um ato de piedade?"
(Josephine Hart in: Perdas e danos. Ed. BestBolso, p. 42)
- Todas as pessoas marcadas são perigosas. A sobrevivência faz com que se tornem perigosas.
- Por quê?
- Porque não têm piedade. Sabem que outros podem sobreviver, da mesma forma que elas.
- Mas você me avisou.
- Sim.
- E isso não foi um ato de piedade?"
(Josephine Hart in: Perdas e danos. Ed. BestBolso, p. 42)
terça-feira, 15 de maio de 2012
do exílio
500 days of Summer |
De uma qualquer forma estranha, era evidente que aquela vida, sendo minha. Era de outro. Era um exilado dentro de mim.
E nestes desvarios existencialistas sobre o meu lugar no mundo, a crueldade de uma infelicidade anunciada e não cumprida e outras ninharias deprimentes, surgiu a Mara."
(Patrícia Reis in: Morder-te o coração. P. 145, Ed. Língua Geral)
o nascimento é, por natureza, violento
"Eu sentia, literalmente, que estava nascendo. E porque o nascimento é, por natureza, violento, nunca procurei e tampouco encontrei gentileza.
Os limites externos de nossa existência são alcançados através da violência. A dor se transforma em êxtase. Um olhar se transforma numa ameaça. Um desafio íntimo, mais profundo do que olhares ou palavras, que só Anna e eu podíamos compreender, nos arrastou, fazendo com que continuássemos, seduzidos pelo poder de criar nosso magnífico universo particular."
(Josephine Hart in: Perdas e danos. Ed. BestBolso, p. 45)
Os limites externos de nossa existência são alcançados através da violência. A dor se transforma em êxtase. Um olhar se transforma numa ameaça. Um desafio íntimo, mais profundo do que olhares ou palavras, que só Anna e eu podíamos compreender, nos arrastou, fazendo com que continuássemos, seduzidos pelo poder de criar nosso magnífico universo particular."
(Josephine Hart in: Perdas e danos. Ed. BestBolso, p. 45)
segunda-feira, 14 de maio de 2012
das tentativas
"Entrevistadora
É interessante que o senhor tenha mencionado luz e escuridão, pois os personagens de seus livros com frequência se apegam a ilusões e ao autoengano.
Javier Marías
As ilusões são importantes. Aquilo que se prevê ou de que se lembra pode ser tão importante quanto o que realmente acontece. Tendemos, em geral, a contar a própria história mencionando apenas as coisas positivas, mas também há uma parte negativa da vida que nos forma: o que não fizemos, aquilo a que renunciamos, o que não ousamos fazer, o que desacreditamos e descartamos, aquilo com que sonhamos, o que esperamos, o que deixamos de lado, o que não chegamos a estudar mas pensamos que estudaríamos, o emprego que não conseguimos, o emprego que não nos deram, ainda que o quiséssemos. As coisas que não somos são parte da gente também. Evitamos falar delas, até para nós mesmos, como se não contassem. Em meus romances, quero que contem."
(As entrevistas da Paris Review Volume 1. Ed. Companhia das Letras, p. 449-450)
É interessante que o senhor tenha mencionado luz e escuridão, pois os personagens de seus livros com frequência se apegam a ilusões e ao autoengano.
Javier Marías
As ilusões são importantes. Aquilo que se prevê ou de que se lembra pode ser tão importante quanto o que realmente acontece. Tendemos, em geral, a contar a própria história mencionando apenas as coisas positivas, mas também há uma parte negativa da vida que nos forma: o que não fizemos, aquilo a que renunciamos, o que não ousamos fazer, o que desacreditamos e descartamos, aquilo com que sonhamos, o que esperamos, o que deixamos de lado, o que não chegamos a estudar mas pensamos que estudaríamos, o emprego que não conseguimos, o emprego que não nos deram, ainda que o quiséssemos. As coisas que não somos são parte da gente também. Evitamos falar delas, até para nós mesmos, como se não contassem. Em meus romances, quero que contem."
(As entrevistas da Paris Review Volume 1. Ed. Companhia das Letras, p. 449-450)
do ver
domingo, 13 de maio de 2012
das difíceis paragens - Hemingway
Entrevistador
Essas perguntas sobre o ofício realmente o incomodam, não?
Hemingway
Uma pergunta delicada não é nem um prazer nem um incômodo. Ainda acho, mesmo assim, que é muito ruim para um escritor falar como ele escreve. Ele escreve para ser lido com os olhos; explicações ou dissertações não deveriam ser necessárias. você pode ter certeza de que haverá muito mais coisas lá do que uma primeira leitura perceberá, e não é da competência do escritor ter de explicar o que fez, ou conduzir visitas guiadas através das paragens mais difíceis de sua obra.
(As entrevistas da Paris Review Volume 1. Ed. Companhia das Letras, p. 77-78)
Essas perguntas sobre o ofício realmente o incomodam, não?
Hemingway
Uma pergunta delicada não é nem um prazer nem um incômodo. Ainda acho, mesmo assim, que é muito ruim para um escritor falar como ele escreve. Ele escreve para ser lido com os olhos; explicações ou dissertações não deveriam ser necessárias. você pode ter certeza de que haverá muito mais coisas lá do que uma primeira leitura perceberá, e não é da competência do escritor ter de explicar o que fez, ou conduzir visitas guiadas através das paragens mais difíceis de sua obra.
(As entrevistas da Paris Review Volume 1. Ed. Companhia das Letras, p. 77-78)
quem sabe...
"Pode ser que no escrever esteja a resposta de tudo o que persigo."
(Caio F. in: Limite branco. Ed. Siciliano, p. 112)
(Caio F. in: Limite branco. Ed. Siciliano, p. 112)
sábado, 12 de maio de 2012
das escolhas - Lawrence Durrel
"Dentre os inúmeros fracassos, escolhemos aqueles que menos comprometem nosso orgulho: aqueles com menor capacidade de frustrar-nos. Escolhi fracassar na arte, na religião e com as pessoas. Na arte, fracassei (percebi isso de repente, agora mesmo) por não acreditar que a personalidade humana é descontínua. ("Seriam as pessoas", escreveu Pursewarden, "contínuas em si, ou será que somem, desaparecem e ressurgem novamente de forma tão veloz que temos a ilusão de características contínuas, como nas imagens trêmulas dos velhos filmes mudos?") Como não acreditava na autenticidade das pessoas, não era capaz de obter sucesso ao representá-las. Meu fracasso religioso? Bem, nunca achei validade alguma em religiões cuja doutrina contenha o menor indício de uma chance de reparação - e qual delas poderia escapar dessa acusação?"
(Lawrence Durrel in: O quarteto de Alexandria - Justine. Ed. Ediouro: 2006, p. 185-186)
(Lawrence Durrel in: O quarteto de Alexandria - Justine. Ed. Ediouro: 2006, p. 185-186)
sobre escrever
"Só há um caminho. O que sempre houve. Que o criador de verdade tenha a força de viver solitário e que olhe para dentro de si. Que compreenda que não temos trilhas a seguir, que o caminho terá que fazê-lo cada um, tenaz e alegremente, cortando a sombra do monte e os arbustos anões".
(Juan Carlos Onetti)
(Juan Carlos Onetti)
sexta-feira, 11 de maio de 2012
do cinismo
"Não acreditava que as adversidades fortalecem o caráter, dizia que só lhe tinham servido para torná-lo mais cínico."
(Maria Adelaide Amaral in: Aos meus amigos. Ed. Siciliano, p. 94)
(Maria Adelaide Amaral in: Aos meus amigos. Ed. Siciliano, p. 94)
da coragem
" - Se eu soubesse que você estava com esse entusiasmo todo, teria ficado em casa.
Ele fingiu que não ouvira o comentário, acabou de beber a cerveja e disse:
- Ontem vi um filme bem interessante, em DVD.
- Marcos, não mude de assunto, você sempre faz isso quando algo não te interessa, você simplesmente muda de assunto, acho covardia da sua parte.
- Covardia?
- É, isso mesmo, covardia.
Ele fez uma pequena pausa, esperando se controlar, mas acabou dizendo:
- Fabiane, e eu acho que você devia pensar duas vezes antes de dizer a primeira imbecialidade que te vem
à cabeça."
(Carola Saavedra in: Flores azuis. Companhia das Letras, p. 68)
Ele fingiu que não ouvira o comentário, acabou de beber a cerveja e disse:
- Ontem vi um filme bem interessante, em DVD.
- Marcos, não mude de assunto, você sempre faz isso quando algo não te interessa, você simplesmente muda de assunto, acho covardia da sua parte.
- Covardia?
- É, isso mesmo, covardia.
Ele fez uma pequena pausa, esperando se controlar, mas acabou dizendo:
- Fabiane, e eu acho que você devia pensar duas vezes antes de dizer a primeira imbecialidade que te vem
à cabeça."
(Carola Saavedra in: Flores azuis. Companhia das Letras, p. 68)
quinta-feira, 10 de maio de 2012
das vontades - Carola Saavedra
"Penso ainda naquela noite, todos os dias, naquela noite. Por que pensamos sempre as mesmas coisas? Essa vontade que nunca cede. Como se o instante continuasse ali, acontecendo a cada instante, uma e outra vez..."
(Carola Saavedra in: Flores Azuis. Ed. Companhia das Letras, p.110-111)
(Carola Saavedra in: Flores Azuis. Ed. Companhia das Letras, p.110-111)
Queria sentir minha passagem pela Terra
"Mas conheci Anna. E tive que fazê-lo, e abrir aquela porta, e entrar na minha câmara secreta. Queria sentir minha passagem pela Terra, agora, já tendo ouvido a canção que canta da cabeça aos pés e experimentado a selvageria impetuosa que arrasta, rodopiando, os dançarinos para longe dos olhares chocados dos espectadores; descera cada vez mais fundo e subira cada vez mais alto no interior de uma realidade singular - a explosão estonteante do ego."
(Josephine Hart in: Perdas e danos. Ed. BestBolso, p. 44)
(Josephine Hart in: Perdas e danos. Ed. BestBolso, p. 44)
quarta-feira, 9 de maio de 2012
a comovedora beleza - Proust
"Parecia-me que meu amor já não era alguma coisa desagradável e de que pudessem sorrir, mas tinha precisamente a comovedora beleza, a sedução daquela música, semelhante ela própria a um meio simpático em que a minha amada e eu nos teríamos encontrado, tornamo-nos íntimos de repente."
(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 2 - À sombra das raparigas em flor.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 463)
terça-feira, 8 de maio de 2012
Dos pedacinhos
"Disseram-me que não se pode quebrar o coração a alguém que o já tem partido. E eu pensei
Pode.
Podemos sempre partir os bocadinhos do coração em bocadinhos ainda mais pequenos, a machucar ainda mais o que nos resta, como se nos tirassem o último sopro de vida".
(Patrícia Reis in: Morder-te o coração. Ed. Língua Geral)
Pode.
Podemos sempre partir os bocadinhos do coração em bocadinhos ainda mais pequenos, a machucar ainda mais o que nos resta, como se nos tirassem o último sopro de vida".
(Patrícia Reis in: Morder-te o coração. Ed. Língua Geral)
segunda-feira, 7 de maio de 2012
o instante perdido
domingo, 6 de maio de 2012
Caio F. e Freud - assunto de amanhã
http://www.site.feuc.br/index.php/component/content/article/62-principal/512-xxi-semana-de-letras
Amanhã vou falar sobre Caio F. e Freud na XXI Semana de Letras da Fundação Educacional Unificada Campograndense (FEUC).
O amor que permanece é aquele que não sei como começou
“O amor não termina - esquece de começar. (...) O amor que não esqueço é justamente o que não se sei os motivos do seu fim. O amor que permanece é aquele que não sei como começou. (...) Provoco mais ausências do que presenças. Minha profissão é criar ausência. (...) É mais difícil virar a página de um livro velho. (...) Quem ama sem violência não conhece a ternura para consolar. Há dias em que todas as estações se encontram. (...)A realidade possível vira prosa; a realidade impossível é poesia. (...)O fundo do poço é água voando. Brigo com os fatos para favorecer a imaginação.”
(Crônica "Chaleira do mar", in: O Amor Esquece de Começar, Carpinejar, p. 93-94)
(Crônica "Chaleira do mar", in: O Amor Esquece de Começar, Carpinejar, p. 93-94)
sábado, 5 de maio de 2012
dos outros
“Você falou das homenagens oficiais que lhe valeu a poesia. Que me diz da A Academia?
(...) Você não imagina a inveja que eu tenho de mim mesmo quando eu era os outros. Não gosto de estar sendo exibido como um macaco sábio. Sei que me acusam de introversão”.
(Edla van Steen in: Viver & Escrever vol. 1. Depoimento de Mario Quintana. Ed. L&M Pocket, p.24)
(...) Você não imagina a inveja que eu tenho de mim mesmo quando eu era os outros. Não gosto de estar sendo exibido como um macaco sábio. Sei que me acusam de introversão”.
(Edla van Steen in: Viver & Escrever vol. 1. Depoimento de Mario Quintana. Ed. L&M Pocket, p.24)
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