terça-feira, 10 de abril de 2012
repetiu suavemente, quase murmurando: "Eu não".
"Lembro também que certa vez ele afirmou (...) "Talvez você fique surpreso ao saber que, de certa forma, eu via grandeza em Justine. Como você sabe, existem várias formas de grandeza. Muitas delas, quando não aplicadas na arte ou na religião, fazem estragos na vida cotidiana. Aplicando seu dom ao amor, Justine equivocou-se. Sem dúvida, era má em diversos aspectos, mas eram coisas ínfimas. Também não posso dizer que ela não machucou ninguém, mas mesmo estes saíram ganhando. Justine arrancava as pessoas para fora de si mesmas. Isso machuca, e muitos se enganavam sobre a natureza dessa dor. Mas eu não." E abrindo seu notório sorriso, que misturava doçura com uma amargura indizível, repetiu suavemente, quase murmurando: "Eu não".
(Lawrence Durrel in: O quarteto de Alexandria - Justine. Ed. Ediouro: 2006, p. 32-33)
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Sou do time de Justine. Certamente sou!
ResponderExcluiré vanessa, justine era gente, expressava seus sentimentos polindo palavras, buscando-a de forma suave para desenhar sua vida. lindo seu texto. abraços lamarque
ResponderExcluir"Maior" que esse grande quarteto... só Justine, ou melhor, o seu autor.
ResponderExcluir:)
Esse trecho faz parte daquele rol de coisas que gostaríamos de ter escrito, já que não o fizemos, cabe apreciar.
ResponderExcluirEu não... *-*
ResponderExcluirEu não...
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