quinta-feira, 20 de agosto de 2015

da imortalidade

Deixaste de me responder, ingrato Sebastião, mas não penses que te culpo ou te castigo ou sequer lamento a tua decisão de silêncio. De nossa tão alta amizade guardo firmamento bastante para firmemente te querer bem pelo resto das nossas vidas. Talvez um dia morras, e eu não saiba - e isso significa apenas que te continuarei amando vivo, e que viverás em mim enquanto eu viver. É essa a imortalidade em que acredito.

Inês Pedrosa in: A eternidade e o desejo. Ed. Alfaguara Brasil, p. 172.

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