sábado, 28 de novembro de 2009
Objetos parciais
"O fascinante dos objetos parciais, no sentido de órgãos sem corpo, é que eles encarnam o que Freud chamou de pulsão de morte. Precisamos aqui ter muito cuidado. A pulsão de morte não é uma busca budista por aniquilação. “Quero achar a paz eterna”... Não. A pulsão de morte é quase o oposto. Ela representa a dimensão daquilo que, e ficções de terror do tipo das de Stephen King, chamamos de a dimensão do não-morto, dos mortos vivos, algo que permanece vivo mesmo depois da morte. Uma coisa que é, de algum modo, imortal na sua própria mortalidade. Segue em frente, insiste, não podemos destruí-la. Quanto mais você a corta, mais ela insiste e continua viva. Essa dimensão de uma imortalidade diabólica, é o que caracteriza os objetos parciais.
O melhor exemplo para mim é o filme Os Sapatinhos vermelhos, de Michel Powell, sobre uma bailarina. Sua paixão pela dança se materializa nas sapatilhas que a controlam. Elas são literalmente os objetos mortos-vivos".
(The pervert´s guide to cinema, Zizek)
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E as vezes não conseguimos viver sem eles...
ResponderExcluirtudo bem menina!
beijos.
Oi. Vanessa!
ResponderExcluirmuito bom o post! achei super interessante esta abordagem sobre a Pulsão de Morte. vi a fonte e me fez ter mais contade ainda de assistir o filme :)
CHEGOU ONTEM !!!
Super obrigado. Terei uma folguinha entre os trabalhos por esses dias, aproveitarei para vê-lo.
Beijos!