(...) a leitura é condutora do Desejo de escrever (temos agora a certeza de que existe uma fruição da escrita, embora seja ainda muito enigmática); não é, de modo algum, desejarmos forçosamente escrever como o autor cuja leitura nos agrada...
Roland Barthes in: O rumor da língua. Edições 70, p. 36.
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
da narrativa
[a narrativa] distrai e invade, consola e descobre, acomoda e tortura, adormece e atiça. Traça identidades e acelera corações [...] A narrativa é um laço com o outro.
(Antônio Paulo Rezende in: Ruídos do efêmero)
(Antônio Paulo Rezende in: Ruídos do efêmero)
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
há algo inabordável no passado
Além de toda a decisão pública ou privada, alem da justiça e da responsabilidade, há algo inabordável no passado. Só a patologia psicológica, intelectual ou moral é capaz de reprimi-lo; mas ele continua ali, longe e perto, espreitando o presente como a lembrança que irrompe no momento em que menos se espera ou como a nuvem insidiosa que ronda o fato no qual não se quer ou não de pode lembrar.
Beatriz Sarlo in: Tempo passado - Cultura da memória e guinada subjetiva. Companhia das Letras e Editora UFMG.
Beatriz Sarlo in: Tempo passado - Cultura da memória e guinada subjetiva. Companhia das Letras e Editora UFMG.
terça-feira, 8 de setembro de 2015
do tempo
As "visões de passado" (segundo a fórmula de Benveniste) são construções. Justamente porque o tempo do passado não pode ser eiminado, e é um perseguidor que escraviza ou liberta, sua irrupção no presente é compreensível na medida em que seja organizado por procedimentos da narrativa, e, através deles, por uma ideologia que evidencie um continuum significativo e interpretável do tempo.
Beatriz Sarlo in: Tempo passado - cultura da memória e guinada subjetiva. Companhia Das Letras/Editora UFMG, p. 12.
Beatriz Sarlo in: Tempo passado - cultura da memória e guinada subjetiva. Companhia Das Letras/Editora UFMG, p. 12.
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