Estava sempre disposto a amar todas essas manifestações de vida. O que nunca conseguia era amá-las sem reservas, como exigia a sensação de bem-estar social; há muito pairava sobre tudo o que ele fazia e vivia um sopro de repulsa, uma sombra de impotência e solidão, uma náusea universal, para a qual não conseguia encontrar nenhuma inclinação compensadora. Por vezes, sentia-se como se tivesse nascido com um talento para o qual não havia objetivo no presente.
Robert Musil in: O homem sem qualidades. Nova Fronteira, p. 79.
quarta-feira, 17 de junho de 2015
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