"Escutar é o mais perigoso", pensei, "é saber, é ser inteirado e estar a par, os ouvidos não têm pálpebras que se possam fechar instintivamente ao que é dito, não se podem resguardar do que se pressente que se vai escutar, sempre é tarde demais. Agora já sabemos, e pode ser que isso manche nossos corações tão brancos, ou talvez sejam pálidos e temerosos, ou acovardados".
Javier Marías in: Coração tão branco. Martins Fontes, p. 279.
terça-feira, 28 de abril de 2015
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Que bonito, que bonito...
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