segunda-feira, 3 de junho de 2013

Do que interessa na infância, Barthes


"Do passado, é minha infância que mais me fascina; somente ela, quando a olho, não me traz o pesar do tempo abolido. Pois não é o irreversível que nela descubro, é o irredutível: tudo o que ainda está em mim, por acessos; na criança, leio a corpo descoberto o avesso negro de mim mesmo, o tédio, a vulnerabilidade, a aptidão aos desesperos (felizmente plurais), a emoção interna, cortada, para sua infelicidade, de toda expressão."

(Roland Barthes por Roland Barthes. Ed. Cultrix, p. 28)

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Um comentário:

  1. Que lindo. Que dramática e até que inveja. Sabe que do passado o que menos me atrai é a infância. Até ouso dizer que nada me atrai. O passado me enoja e a infância me atordoa. Ainda assim, a passagem posta ali em cima é tocante.

    Abraços!

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