sexta-feira, 8 de março de 2013

Eu me refugiava nos livros de histórias.

Eu apanhava, mas persistia. E sofria com o forte sentimento de rejeição e de inadequação.
Por causa disso, desde muito cedo comecei a me refugiar na leitura. Não nos poemas que escrevia para chamar a atenção, e que eram de qualidade bastante duvidosa. Eu me refugiava nos livros de histórias. Embarcava em qualquer narrativa sobre fadas e princesas, passava a viver o que eu lia num exercício de pura evasão. Eu lia compulsivamente, adorava, sorvia e vivia emocionalmente de leitura. Mais tarde, quando fui estudar História, os castelos de Reis e Rainhas eram como castelos das minhas histórias. Acho que foi essa sensação que despertaria a minha paixão pela História, uma das mais longas e permanentes da minha vida.

(Tuna Dwek in: Maria Adelaide Amaral: a emoção libertária. Coleção Aplauso Perfil, Editora Imprensa Oficial)

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2 comentários:

  1. Viver emocionalmente de histórias escritas por outros... se apegar a personagens, criar laços... lembro bem disso, acho que foi ontem

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  2. Rs... acho que está explicado!... Gosto de História...

    Beijos =)

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