quinta-feira, 14 de março de 2013

cai para sempre, insubstituível


"Antigamente um bonde branco fazia o trajeto de Baiona a Biarritz, engatava-se a ele um vagão aberto, em teto... (...) Hoje, nem o vagante nem o bonde existem mais, e a viagem de Biarritz é uma chatice. Isto não é para embelezar miticamente o passado, nem para dizer a saudade de uma juventude perdida, fingindo-se de saudade de um bonde. Isto não é para dizer que a arte de viver não tem história: ela não evolui: o prazer que cai, cai para sempre, insubstituível. Outros prazeres vêm, que não substituem nada. Não há progresso nos prazeres, apenas mutações."

(Roland Barthes por roland barthes. Ed. Cultrix, p. 56)

http://www.facebook.com/vencaluisa
http://www.vemcaluisa.blogspot.com.br/

5 comentários:

  1. Eu amo essa passagem, eu já citei essa passagem diversas vezes... amo ver aqui o que me tocou tb ao ler esses pequenos textos do R por R

    ResponderExcluir
  2. Eu amo essa passagem, eu já citei essa passagem diversas vezes... amo ver aqui o que me tocou tb ao ler esses pequenos textos do R por R

    ResponderExcluir
  3. Eu amo essa passagem, eu já citei essa passagem diversas vezes... amo ver aqui o que me tocou tb ao ler esses pequenos textos do R por R

    ResponderExcluir
  4. Fui duas vezes a Biarritz e confirmo (o passado, passou)... "não há progresso nos prazeres, apenas mutações."

    ResponderExcluir
  5. E o prazer, mesmo sendo pelo mesma causa, nunca é igual pq a cada vez que o experimentamos, somos diferentes.

    ResponderExcluir

So if you have something to say, say it to me now