Frequentemente, pouca coisa basta - um certo olhar, um certo riso, jovial, espontâneo - para inspirar a Duras um personagem que, em seguida, se impõe a ela, soberano e indestrutível. Dessa vez, trata-se de uma jovem doente que ela teve de acolher em sua casa, por um dia, e que, à noite, mandou de volta ao asilo. "Eu a conheci durante um dia inteiro", disse Duras, como se tivesse dito: a vida inteira. Não tornara a vê-la. Mas desse breve período vai nascer Lol V. Stein, esse personagem de nome estranho "que não nomeia", oco, trespassado no centro por um furo. Durante doze anos ela habitará toda a obra de Marguerite Duras.
Frédérique Lebelley in: Marguerite Duras - uma vida por escrito. Ed. Scritta, p. 162.
quinta-feira, 16 de junho de 2016
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