quinta-feira, 1 de novembro de 2012
teorias sobre si mesma, como se fossem pétalas de flores
"A mania de se justificar é comum tanto aos donos de consciências inquietas quanto àqueles que buscam uma base filosófica para suas ações: em ambos os casos, porém, leva a estranhas maneiras de pensar. A idéia não é espontânea mas voulue. No caso de Justine, essa mania levou a um fluxo perpétuo de idéias, especulações sobre ações passadas e presentes, que exerciam sobre sua mente a pressão de uma corrente fortíssima nos muros de um dique. E apesar de todo o triste desperdício de energia nesse sentido, de toda a engenhosidade apaixonada que Justine aplicava ao examinar-se, era difícil ter alguma confiança em suas conclusões, pois estavam sempre mudando, sem descanso. Espalhava a seu redor teorias sobre si mesma, como se fossem pétalas de flores."
(Lawrence Durrel in: O Quarteto de Alexandria - Justine. Ed. Ediouro, p. 127)
Imagem: John Minh Nguyen
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Bom visitar tua Luísa e encontrar engehosidade de verbo.
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