quarta-feira, 30 de abril de 2014
aparece/desaparece
Mas ninguém diria que depois de ter superado o desaparecimento eu não pudesse superar o reaparecimento dela...
Grégoire Bouillier in: O convidado surpresa. Cosac Naify, p. 22.
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terça-feira, 29 de abril de 2014
(...) mas naquele momento fiz de tudo para que ela não percebesse que eu estava dormindo bem no meio da tarde, isso nem pensar, seria como um pecado da minha parte ou uma afronta àquele instante excepcional, ou ela teria pensado algo que eu queria justamente que ela ignorasse e, não, a minha vida não se tornara um sono contínuo e eu não passava o tempo inteiro deitado e jazendo em mim mesmo desde que ela me abandonou; ao contrário, eu vivia uma festa permanente e estava em plena forma e cada instante era um mar de rosas e, ora, o que ela pensava afinal?
Grégoire Bouillier in: O convidado surpresa. Cosac Naify, p. 7.
www.vemcaluisa.blogspot.com.br
Grégoire Bouillier in: O convidado surpresa. Cosac Naify, p. 7.
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quinta-feira, 24 de abril de 2014
quinta-feira, 17 de abril de 2014
domingo, 13 de abril de 2014
"É impossível escrever mais de uma dezena de cartas de amor sem ficar ansioso por mudar de assunto: Inconscientemente, Leila desejava evitar as repetições tão características do amor, que por fim acabam por arruiná-lo. Queria mater nítida e impecável sua imagem de Mountolive".
(Lawrence Durrel in: O quarteto de Alexandria - Mountolive. Ed. Ediouro: 2006, p. 47)
http://vemcaluisa.blogspot.com.br/
http://www.facebook.com/vencaluisa
(Lawrence Durrel in: O quarteto de Alexandria - Mountolive. Ed. Ediouro: 2006, p. 47)
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sexta-feira, 11 de abril de 2014
visita
me visite sem telefonar um dia desses
como não se faz na alemanha
como não se deveria fazer nunca na alemanha
sob o risco de de chamado
latinos americano de merda
(também conheço essas barras)
mas só quero que você me visite de repente
não mais que
um dia desses
sem avisos
Caio F.
2 e 3 de maio de 1979
como não se faz na alemanha
como não se deveria fazer nunca na alemanha
sob o risco de de chamado
latinos americano de merda
(também conheço essas barras)
mas só quero que você me visite de repente
não mais que
um dia desses
sem avisos
Caio F.
2 e 3 de maio de 1979
sexta-feira, 4 de abril de 2014
coisas bonitas, coisas delicadas, perfeitas
"Dalton queria lhe dizer coisas bonitas, coisas delicadas, perfeitas. Mas tudo estava entalado em sua garganta. Ele pensou com força. Uma coisa bonita. Uma palavra agradável. Por várias vezes tentou falar-lhe. Nasa saía".
(Bolívar Torres in: Não muito. Ed. 7 Letras, p.80)
quinta-feira, 3 de abril de 2014
lembranças
"(...) minhas lembranças são lindas. Poucas. Mas lindas. Inventadas ou plagiadas?
Acho que quando curtimos de fato o momento, o momento é o próprio encanto. A distância transforma os momentos em sensações. Cheiros. Mas quando nada mais subsiste de um passado remoto após a morte das criaturas e a destruição das coisas - sozinhos, mais frágeis, porém mais vivos, mais imateriais, mais persistentes, mais fiéis - a dor e o sabor permanecem ainda por muito tempo, como almas, lembrando, aguardando, esperando, sobre as ruínas de tudo o mais, e suportando sem ceder, em sua gotícula impalpável, o edifício da recordação. Ficção. Literatura. Plágio."
(Jacques Fux in Antiterapias. Ed. KBR)
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Acho que quando curtimos de fato o momento, o momento é o próprio encanto. A distância transforma os momentos em sensações. Cheiros. Mas quando nada mais subsiste de um passado remoto após a morte das criaturas e a destruição das coisas - sozinhos, mais frágeis, porém mais vivos, mais imateriais, mais persistentes, mais fiéis - a dor e o sabor permanecem ainda por muito tempo, como almas, lembrando, aguardando, esperando, sobre as ruínas de tudo o mais, e suportando sem ceder, em sua gotícula impalpável, o edifício da recordação. Ficção. Literatura. Plágio."
(Jacques Fux in Antiterapias. Ed. KBR)
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quarta-feira, 2 de abril de 2014
Um afastamento
"Mas ela não o procurava há muito tempo. A última vez que se encontraram, havia alguma coisa diferente em seu olhar. Um afastamento. Uma distância que o intrigou. Ela o olhou como um navio abandonado, sem rumo, desaparecendo no horizonte".
(Bolívar Torres in: Não muito. Ed. 7 Letras, p.8)
(Bolívar Torres in: Não muito. Ed. 7 Letras, p.8)
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