"(...) estava fascinado por ela e causar fascínio era a mais arrebatadora das modalidades de poder."
(Inês Pedrosa in: Dentro de ti ver o mar. Ed. Alfaguara)
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quarta-feira, 30 de outubro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
não valia nada, não acrescentava nada
"Rosa não queria entender a desistência como forma de amor. Se o amor existia tanto na coragem como na cobardia, na entrega como na abstinência, na palavra como no silêncio, não valia nada, não acrescentava nada, acabava por ser um elemento neutro."
(Inês Pedrosa in: Dentro de ti ver o mar)
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sexta-feira, 25 de outubro de 2013
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
do silêncio
"Preferiu o silêncio. Era isso o que acima de tudo os unia, um silêncio rumoroso como o das lixeiras onde os mendigos vasculhavam a sobrevivência."
(Inês Pedrosa in: Dentro de ti ver o mar. Ed. Alfaguara)
Imagem: Hopper.
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(Inês Pedrosa in: Dentro de ti ver o mar. Ed. Alfaguara)
Imagem: Hopper.
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terça-feira, 22 de outubro de 2013
do tédio
"Aquilo era uma espécie de equilibrismo sem rede, um rasgo na loucura que iluminava de repente todas as coisas.
- Prefiro sofrer a aborrecer-me. Nunca me aborreço, sabes como é? Às vezes até me canso do meu entusiasmo... (...) Gosto mais disso do que de uma vida de nada, percebes?
O tédio embaciava-a."
(Inês Pedrosa in: Dentro de ti ver o mar. Ed. Alfaguara)
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- Prefiro sofrer a aborrecer-me. Nunca me aborreço, sabes como é? Às vezes até me canso do meu entusiasmo... (...) Gosto mais disso do que de uma vida de nada, percebes?
O tédio embaciava-a."
(Inês Pedrosa in: Dentro de ti ver o mar. Ed. Alfaguara)
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segunda-feira, 21 de outubro de 2013
para tornar suportável o vagaroso pingar dos dias
"(...) depressa desistiu disso, porque Gabriel a castigava de imediato com acusações de intolerância e com ausências ainda mais prolongadas.
- Estás a precisar de uma pausa, dizia.
Rosa entristecia como as árvores no inverno; durante dias seguidos não comia nem saía da cama, ligava o rádio e ouvia sinfonias, tentava esquecer-se de que existia para tornar suportável o vagaroso pingar dos dias."
(Inês Pedrosa in: Dentro de ti ver o mar. Ed. Alfaguara)
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- Estás a precisar de uma pausa, dizia.
Rosa entristecia como as árvores no inverno; durante dias seguidos não comia nem saía da cama, ligava o rádio e ouvia sinfonias, tentava esquecer-se de que existia para tornar suportável o vagaroso pingar dos dias."
(Inês Pedrosa in: Dentro de ti ver o mar. Ed. Alfaguara)
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sábado, 19 de outubro de 2013
das palavras
"Assombram-me e tocam-me muitas palavras, ouvidas e escritas, diariamente. É duro ser-se tão sensível a uma palavra ou a ausência dela, mas também é isso que nos permite entrar dentro da alma dos outros."
(Inês Pedrosa in: Dentro de ti ver o mar. Ed. Alfaguara)
Imagem: Ada Thilén
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sexta-feira, 18 de outubro de 2013
o inacessível das palavras
"Chegaste, e desde logo foi verão.
Teresa ainda não sabe se é um bom livro. Jamais saberá. Jamais terá critérios para avaliar aquilo que ela mesma escreve, Mas tampouco se deixará oscilar demais com o que os outros dirão. Isso porque suas próprias palavras ficam, para ela, num lugar um tanto quanto inacessível. Teresa dificilmente será uma boa leitora de Teresa."
(Adriana Lisboa in: Um beijo de colombina)
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Teresa ainda não sabe se é um bom livro. Jamais saberá. Jamais terá critérios para avaliar aquilo que ela mesma escreve, Mas tampouco se deixará oscilar demais com o que os outros dirão. Isso porque suas próprias palavras ficam, para ela, num lugar um tanto quanto inacessível. Teresa dificilmente será uma boa leitora de Teresa."
(Adriana Lisboa in: Um beijo de colombina)
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quinta-feira, 17 de outubro de 2013
da doença - Proust
"E de fato, chegara o amor de Swann a esse estado em que o médico e, em certas afecções, o cirurgião mais audacioso, se perguntam se privar um doente de seu vício, ou tirar-lhe o seu mal, será ainda razoável ou mesmo possível."
(Proust in: No Caminho de Swann. Tradução de Mario Quintana, Ed. Globo, p. 297)
Imagem: Un amour de Swann.
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quarta-feira, 16 de outubro de 2013
refúgio da escrita
"Quando você passa por um período de infelicidade, um caso de amor terminado, a morte de alguém que ama, ou outra desordem na sua vida, então não existe refúgio a não ser escrever."
(As entrevistas da Paris Review Volume 2. Tennessee Williams. Ed. Companhia das Letras, p. 158)
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terça-feira, 15 de outubro de 2013
devoção
Será que ela chegou a me amar um pouco naqueles dois anos? Nunca disse isso, naturalmente, porque seria uma demonstração de fraqueza que ela jamais se perdoaria, nem me perdoaria. Mas creio que chegou à se acostumar com a minha devoção, a sentir-se adulada pelo amor que eu despejava sobre ela com fartura, mais do que se atrevia a confessar a si mesma.
Mario Vargas Llosa in: Travessuras da menina má. Ed. Alfaguara, p.106.
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segunda-feira, 14 de outubro de 2013
terça-feira, 8 de outubro de 2013
tão raramente
"(...) nossos próprios erros e ridículos raramente nos tornando, ainda quando os reconhecemos, mais indulgentes aos alheios."
(Proust in: O tempo redescoberto. Tradução de Lúcia Miguel Pereira. Ed. Globo, p. 261)
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segunda-feira, 7 de outubro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
é isso?
"É isso o amor. Manter a ternura pelo mesmo homem, embora se deseje outros a momentos diferentes"
Pepetela in: Mayombe.
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quarta-feira, 2 de outubro de 2013
meus
"Nada me importava. Nem mesmo que estivesse enfeitiçada por aquele japonês. O que me apavorava era a ideia de que (...) acabasse destroçada a tiros ou encarcerada numa prisão africana. Mas eu moveria céus e terras para resgatá-la. Porque (...) a cada dia a amava mais. E sempre a amaria, por mais que me traísse por mil fukudas, porque ela era a mulherzinha mais delicada e mais bonita da criação: minha rainha, minha princesinha, minha torturadora, minha mentirosinha (...) meu único amor."
Mario Vargas Llosa in: Travessuras da menina má. Ed. Alfaguara, p.142-143.
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terça-feira, 1 de outubro de 2013
não
"Não se pode morrer em vida, não se pode desistir de amar, de criar. Não se pode: é pecado, é proibido - verbotten, não é assim em German? Não é possível adiar a vida". (Caio F.)
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