quarta-feira, 15 de dezembro de 2021
O Deus das avencas
terça-feira, 16 de novembro de 2021
Mãe
terça-feira, 28 de julho de 2020
“É assim. Mas a piedade some quando de repente abro os olhos, me ergo e já sei que qualquer condescendência, especialmente de alguém consigo mesmo, é o primeiro passo para o ridículo. Como são dignas de pena as pessoas que sentem pena de si. Como sofri, diz um, eu sofri mais, diz o outro e de imediato tem indício uma competição. Se não podem se contentar em disputar riquezas e propriedades, fazem do seu vazio um latifúndio, medindo os lotes de dor, o acres de doenças e injustiças. Quem sofre mais, eu ou Anna? É claro que é Anna, mas isso não diminui em nada o que venho passando, nem o fato de a dor dela ser maior a torna mais nobre do que eu”.
(Noemi Jaffe in: O que ela sussurra. Companhia das Letras)
quinta-feira, 23 de julho de 2020
...
(...) já que a única coisa em que você acreditava era naquilo que estava fazendo no momento e era por isso que conseguia manter uma alegria impossível, mesmo quando tudo anunciava o fim.
(Noemi Jaffe in: O que ela sussurra. Companhia das Letras)
quarta-feira, 29 de maio de 2019
Da concisão
Possivelmente tudo começou ato contínuo à leitura do s do adeus. Lembro-me ainda hoje - dez anos depois - daquele bilhete elíptico; não era longo feito sabre. Tinha a concisão do punhal: Acabou-se, adeus. Os deuses do desamor, implacáveis, condenaram-me duplamente tirando razão deixando memória. Andarilho mnêmico - sou sim. Tudo que vejo dia todo evoca meu passado ao lado dela.
Evandro Affonso Ferreira in: O Mendigo Que Sabia de Cor Os Adágios de Erasmo de Rotterdam. Ed. Record.
sexta-feira, 31 de março de 2017
da fuga
Alex Sens in: O frágil toque dos mutilados. Ed. Autêntica.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
da intensidade
Noemi Jaffe in: Írisz: As Orquídeas (Cia. das Letras).
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
das ausências, em ti, em mim
Noemi Jaffe in: Írisz: As Orquídeas (Cia. das Letras).
do que não se diz
Noemi Jaffe in: Írisz: As Orquídeas (Cia. das Letras).
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
domingo, 12 de fevereiro de 2017
da paixão
O apaixonado, aprisionado pelo movimento de uma mão ou de um olhar, se verá amarrado àquilo que o apaixona, àquela beleza convulsiva, “erótica-velada, explosiva-fixa, mágica-circunstancial”. Que André Breton evoca em L’Amour fou.
HASSOUN, J. A crueldade melancólica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Da falta
Marcelo Backes in: A casa cai. Companhia das Letras.
Preso-livre ou livre-preso
Noemi Jaffe in: Írisz: As Orquídeas (Cia. das Letras).
www.vemcaluisa.blogspot.com.br
Do significado
Mas as palavras carregam coisas que ficam além do que elas dizem, num lugar onde está o que elas querem dizer. Eu sinto como se elas guardassem uma origem perdida. Então quero, desse jeito teimoso que você, Martim e todos recriminam, criar um vínculo entre aquilo que a palavra foi um dia e o significado de agora. Parece que, desse jeito, as palavras e as coisas voltam a ter algum sentido maior. (...) me faz pensar em outras palavras e frases vazias que nós dissemos um para o outro, como: "Não concordo"; "Você não me compreende"; "Nós realmente não vivemos no mesmo mundo". Essas palavras não dizem nada e só substituem aquilo que realmente gostariam de dizer, que é: "Por favor, fique imediatamente já comigo para sempre e não se meta a fazer o que você acha que tem que ser feito, porque nunca há nada a ser feito e o que quer que você faça, na situação que se armou, é inútil e só vai servir à sua vaidade ou ao seu orgulho"; "Venha comigo, Imre".
Noemi Jaffe in: Írisz: As Orquídeas (Cia. das Letras).
www.vemcaluisa.blogspot.com.br