"Minha memória perdera o amor de Albertine, mas parece existir uma memória involuntária dos membros, pálida e estéril imitação da outra, que lhe sobrevive, como certos animais ou vegetais ininteligentes vivem mais do que o homem. As pernas, os braços, estão cheios de lembranças embotadas."
(Proust in: O tempo redescoberto. Tradução de Lúcia Miguel Pereira. Ed. Globo, p. 12)
Poderia dizer o quanto esse texto me é peculiar, mas seria revelar demais. Resta dizer que depois que o amor se funde, não vai embora sem deixar ou arrancar pedaços.
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